Boris Pahor (1913–2022)

Uma obra-prima da literatura do Holocausto Quando o fluxo da memória começa a correr, e as lembranças voltam à tona com sua carga de dor e comoção. Campo de concentração de Natzweiler-Struthof, nos Vosges, Alemanha. O homem que, numa tarde de verão, chega com um grupo de turistas não é um visitante qualquer, mas Boris Pahor, um ex-prisioneiro que, depois de muitos anos, volta ao lugar onde esteve preso. O autobiográfico Necrópole traz as lembranças que surgem diante das barracas e do arame farpado transformados em museu e centro de visitação. Escrito numa linguagem crua que não faz concessões à autocomiseração, o livro marca por seu texto forte e, muitas vezes, violento, que descreve, em mínimos detalhes, atrocidades como a tortura de presos e a dissecação de cadáveres. Uma das características de Pahor é utilizar-se de parágrafos longos, que deixam o leitor sem ar, angustiado, como o próprio autor se sentia nos anos em que viveu no campo. Pahor, durante a Segunda Guerra Mundial, colaborou com a resistência antifascista eslovena e foi deportado para os campos de concentração nazistas, experiência que o marcou profundamente e da qual se encontram resquícios na maior parte da sua extremamente rica produção literária. Mais do que um escritor, uma lenda viva.… (mer)

Ausgehend vom Brandanschlag des italienischen Irredentisten Guglielmo Oberdan auf das slowenische Volkshaus in Triest schildert Boris Pahor die faschistische Machtergreifung im ehemaligen Küstenland sowie die Zwangsitalienisierung und den antifaschistischen slowenisch-kroatischen Widerstand aus Sicht der slowenischen Minderheitsbevölkerung. Breiten Raum widmet Pahor dabei vor allem der Untergrundorganisation TIGR, mit der er selbst während des Kriegs sympathisierte.

Pahor (oder der herausgebende kiatb-Verlag) hat es leider verabsäumt, die einzelnen Erinnerungsstücke in nachvollziehbarer Weise zu ordnen. Das Buch wirkt wie ein zufälliges Mosaik aus Originalberichten, Kurzgeschichten, Prosastücken, Tagebucheinträgen und reportagehafter Erinnerungen in bunter Abfolge ohne einheitlichem Erzählstrang in dem sich der Leser hoffnungslos verliert. Hinzu kommt, dass die Inhalte ohne Hintergrundinformationen angeboten werden, sohin für Leser, die keine Experten auf dem Gebiet der antifaschistischen Untergrundorganisationen sind, kaum verständlich sind.… (mer)